segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Formas Lúdicas e Sugestões de Jogos matemáticos


Amarelinha em Plástico Bolha




Leitura, Escrita Matemática no Dia-a-Dia - Trabalhando com receitas 


PANORÂMICA: Aprender a fazer biscoitos é uma actividade divertida que permite o professor utilizar ensino indutivo, bem como a leitura, matemática e escrita. Esta actividade irá também ajudar a estimular o auto-conceito do aluno, e a compreender a importância de aprender a leitura, matemática e capacidades de escritas básicas.
FINALIDADE: Ajudar os alunos a compreenderem melhor a aplicação prática da leitura, matemática e escrita na vida quotidiana e a trabalhar cooperativamente com os colegas da turma a fim de concluírem uma tarefa.
OBJETIVOS: 1. Alistar os ingredientes, utensílios e passos numa receita básica de chocolate. 2. Avaliar a correcção de cada lista, utilizando uma cópia da receita. 3. Medir todos os ingredientes líquidos e secos. 4. Ler a receita e seguir passos para fazer biscoitos. 5. Escrever uma cópia da receita no ficheiro de receitas.
RECURSOS/MATERIAL: Receita básica de biscoitos de chocolate, com todos os ingredientes e utensílios necessários.
ATIVIDADES E PROCEDIMENTOS: Dia Um: 1. Coloque os alunos em grupos de 4 - 6. Explique-os que vão trabalhar numa actividade de cozinha. Devida-os em grupos, fazendo com que os alunos tirem um número, ou utilize qualquer outra técnica mais avançada que lhes permite estarem colocados em grupos sem pré-selecção. Dê a cada grupo a sua tarefa sorteando de uma caixa ou utilizando qualquer outra técnica melhor para a escolha. Devem haver pelo menos quatro grupos. As tarefas são as de alistar todos os ingredientes, os utensílios, os passos e avaliar todas as três listas. 2. Dê a cada grupo entre 15 e 20 minutos para trabalharem na sua tarefa. Cada grupo irá seleccionar um anotador para registar todas as sugestões. O grupo quatro será dado uma cópia amarfanhada da receita. A sua tarefa será de classificar os grupos de trabalho numa lista e colocar os passos na sua ordem correcta. 3. Os grupos devem, depois, voltar à turma para informá-la. O anotador do grupo, com a lista dos ingredientes, escreveria a lista num quadro. Os outros alunos iriam discutir e modificar, se necessário. O grupo quatro iria avaliar a lista modificada e, por sua vez, modificá-la, se necessário. O anotador do grupo, com a lista dos ingredientes, iria copiar na lista final numa folha de papel. O mesmo procedimento é utilizado com os grupos dois e três. Dia dois: 4. Os alunos voltam aos seus grupos e recebem uma cópia da receita de biscoitos. Os alunos ajudam a levar os ingredientes e os utensílios para a cozinha. O professor faz uma revista dos procedimentos de segurança na culinária. 5. O professor atribui em desordem as quatro tarefas que são de recolher utensílios e prepará-los para uso, recolher ingredientes secos e medir, recolher e medir ingredientes líquidos, sólidos e outros, e seguir as instruções para fazer os biscoitos. 6. Ao mesmo tempo que o grupo responsabilizado pela preparação dos biscoitos está a trabalhar os outros alunos estão a escrever uma cópia da receita numa ficha de receitas, para eles próprios. 7. Enquanto os biscoitos estão a cozer, os alunos desse grupo podem estar a escrever uma cópia da receita para eles próprios. Os outros alunos podem estar a ajudar a limpar a área e os utensílios. 8. Os alunos decidem uma altura apropriada para comer os biscoitos com a aprovação do professor.
ATAR TUDO JUNTO 1. Diga aos alunos para escreverem a receita para um outro tipo de biscoito, tal como biscoitos de farinha de aveia. 2. Diga para que os alunos dividam a receita a meio. 3. Instrua os alunos a escreverem um parágrafo informativo sobre como preparar os biscoitos. 4. Peça aos grupos dos alunos para demonstrarem oralmente como fazer um particular tipo de biscoito. 5. Diga aos alunos para criarem as suas próprias receitas de biscoitos e a darem nomes aos mesmos.
SUGESTÕES/MODIFICAÇÕES: • Esta lição pode ser utilizada com qualquer receita que o professor possa obter, tendo em conta os ingredientes disponíveis. • Pode ser escolhida uma receita que não envolve necessariamente uma verdadeira cozinha. • As crianças podem praticar, escrevendo algumas das receitas favoritas das suas casas. • As receitas podem ser recolhidas para criar um livro de culinária.

AUTOR: Marlene Reed; Smith Center Elementary, KS



JOGO OURI














Fonte:  http://tondelitos3.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html






BORBOLETA *
Este jogo pode ser usado para que os alunos aprendam a fazer cálculo mental, a resolver problemas envolvendo adição e fazer comparação de quantidades.
Organização da sala: em grupos de quatro alunos
Recursos necessários: todas as cartas de um baralho, exceto reis, damas e valetes.
Meta: conseguir formar o maior número de conjuntos de cartas com uma dada soma.
Anos: 2°, 3° e 4°

Regras:
1.            Cada jogador recebe três cartas que devem ficar viradas para cima, à sua frente durante toda a partida.
2.            Outras sete cartas são também colocadas com face para cima, em uma fileira no centro da mesa, e as demais ficam em um monte para reposição.
3.            Na sua vez, o jogador deve pegar as cartas do meio que forem necessárias para que consiga chegar ao mesmo total que o de suas três cartas.
4.            Quando ele não mais conseguir formar conjuntos com a sua soma, deve repor as cartas que usou do meio com outras do monte e passar a vez ao próximo.
5.            Ao final do jogo, quem obtiver mais conjuntos de cartas com as suas somas será o vencedor.

Problematizações possíveis:
¨      As cartas de Lucas são 3, 5, 9. Qual é a soma dele durante o jogo?
¨      Paula tem sempre que formar 17. As cartas na mesa na sua vez de jogar são 3, 5, 6, 9, 1, 10, 4. Quais cartas ela pode pegar para conseguir sua soma?

Variações:
1.            Pode ser jogado com quatro cartas para cada jogador e nove cartas no centro da mesa.
2.            Em vez de adição pode-se fazer uma multiplicação com o valor das três cartas. Nesta versão o jogo é mais indicado ao 4° ano.

UM EXATO *
Este jogo auxilia a reconhecer e nomear números naturais, a justificar respostas e o processo de resolução de um problema e efetuar adições e subtrações mentalmente.
Organização da sala: em duplas
Recursos necessários: quadro de centena numerado, três dados e 15 marcadores de cores diferentes para cada jogador.
Meta: conseguir chegar exatamente ao 1.
Anos: 2°e 3°

Regras:
1.            Cada jogador coloca o seu marcador na casa de número 100 do quadro de centena.
2.            Os jogadores revezam-se lançando os três dados e somando ou subtraindo os resultados, conforme acharem melhor.
3.            Se um jogador obtém 20, por exemplo, com a soma dos três dados, subtrai esse valor mentalmente de 100 e coloca um dos seus marcadores no 80 e não tira mais o marcador de lá.
4.            O mesmo procedimento é realizado pelo próximo jogador, mas se ele também obtiver o valor 20 não poderá colocar o seu marcador no 80 pois já tem um marcador do oponente. Nesse caso ele terá que passar a vez e continuar onde estava antes da jogada. Isso significa que o jogador antes de dizer o resultado da conta feita com seus dados precisa cuidar para não chegar ao valor de uma casa já marcada.
5.            Se o jogador avaliar que não é possível chegar a uma casa de menor valor que aquela que ele estava e que não estava marcada, passa a vez.
6.            O objetivo do jogo é seguir até o 1, exatamente. Se o jogador não conseguir chegar a1, a partida continua até que alguém o atinja exatamente.





DOMINÓ DE FRAÇÕES*
Esse jogo favorece a compreensão das diferentes representações de frações.
Organização da sala: quartetos
Recursos necessários: as peças do dominó de frações.
Meta: ser o primeiro a descartar todas as peças
Anos:  3° e 4° ano.

Regras:
1.            Os jogadores decidem a ordem e quem começa a jogar.
2.            embaralham as cartas e distribuem igualmente entre os jogadores
3.            O primeiro jogador coloca um de seus dominós sobre a mesa.
4.            O segundo jogador deve colocar uma peça que tenha uma das “pontas” igual a das peças já colocadas na mesa. Se não tiver uma, passa a vez.
5.            Vence o jogo aquele jogador que conseguir bater, ou seja, colocar todos os seus dominós na mesa em 1° lugar.





* Os jogos aqui sugeridos foram retirados do livro: Smole, Kátia Stocco; Ignez Diniz, Maria; Candido, Patrícia; Caderno do Mathema. Jogos de Matemática de 1° a 5°ano. Artmed: 2007



 Figura : Cartela do Jogo e dado. Exemplo de Jogada: ( 2 + 5 ) ou ( 3 + 4 ) ou (4 +2 + 1)
Fonte: Pesquisadora.
Os alunos irão jogar e fazer seus registros na tabela abaixo:

Após o jogo os alunos responderão o questionário: Resolva os problemas:
  1. Juliana jogou os dados e saiu o número 9. Quais os números, poderia cobrir?
  2. Na sua vez de jogar, Tiago tirou 8 e cobriu o número 3. Quais os outros números ele poderá cobrir (tapar)?
  3. Porque não pode sobrar o número 3 no Tabuleiro?
  4. Se tiver os números 2, 5 e 7, qual o número que posso tirar no dado para cobrir dois destes?

Atividade 2: Jogo de Boliche Nas turmas de 1º e 2º ano com 5 garrafas e de 3º ano com 6 garrafas. Organizar a turma em grupos de 5 alunos. Cada um na sua vez joga e registra na tabela abaixo com desenho. Após 4 jogadas somam seus pontos e escrevem o resultado no 5º quadro. No final fazem a contagem dos pontos por Equipe e verificam quem obteve maior número de pontos. No 3º ano aprenderam a somar a quantidade da equipe por decomposição, ou seja, processo longo da adição.

Equipe: 














                   













Atividade 3: Jogo das Tampinhas
Este jogo é organizado com um tabuleiro e 8 tampinhas de garrafa pet com 2 cores.





Regras: As tampas podem se movimentar em linha reta. Toma peça na diagonal tendo de pular sobre a peça adversária e chegar em outro ponto, como dama. Ganha quem tomar todas as peças do oponente. Empata quando tiver o mesmo número de peças, após 5 movimentos.


Atividade 3: Jogo da Soma
Material necessário: Cartas organizadas de 0 à 15 em folha de desenho e um envelope para guardar as cartas. A regra principal é somar 2 cartas cujo resultado será o ditado pela professora.
Exemplo de uma jogada: resultados 10, 6, 8,12 sobra 9
Possíveis cartas usadas: (1 e 9), (4 e 2), (8 e 0), (7 e 5) Sobra (6 e 3)
Constata-se com este jogo que os alunos fazem de diferentes maneiras suas jogadas, porém a soma final de sobra é a mesma. Desenvolvem várias formas de chegar ao resultado, registrando suas possibilidades. Este jogo tem nível 2 onde acrescenta-se até a carta 15.
Exemplo de uma jogada: resultados 15, 21,14, 18,16, 12, 11 Sobra 13
Possíveis cartas usadas: (10 e 5), (15 e 6), (12 e 2), (14 e 4), (9 e 7), (11 e 1), (8 e 3) Sobra (13 e 0)

Atividade 4:Jogo 15
Material: Fazer cartas com os seguintes números, desenhando a quantidade: 1,2,4,8,1,2,3,9,2,2,5,6,1,3,5,6,1,3,4,7. Ao jogar o objetivo é formar 15 pontos com 4 cartas.
Ao iniciar o jogo são distribuídas 4 cartas para cada aluno e 5 para o primeiro jogador. Tem uma carta sem valor no jogo que quem tiver não poderá baixar suas cartas, mesmo tendo os 15 pontos. Passa a carta, sem mostrar para o jogador da direita. Quem formar primeiro os 15 pontos ganha o jogo.
Em todos os jogos é solicitado que os alunos registrem suas estratégias de pensar e compartilhem com os colegas.

Conclusão:
A utilização de material concreto e dos jogos contribui para que o processo de ensino e aprendizagem de Matemática se torne uma atividade experimental, mais rica, sem riscos de impedir o desenvolvimento do pensamento, desde que os alunos sejam encorajados a desenvolver seus processos cognitivos e sua capacidade crítica. E o professor, por sua vez, deverá ser reconhecido e valorizado devido seu empenho e criatividade quanto na criação, condução e aperfeiçoamento das situações de aprendizagem útil e ao mesmo tempo lúdica.
Constato que o jogo tem de ser usado para ressaltar a forma lúdica da Matemática, estimulando a iniciativa, trabalho em grupo, criando mecanismos de aplicação de resolução de problemas e possibilitando o desenvolvimento do pensamento lógico.

Autora: O prazer de aprender Matemática através de Jogos - Maria Regina da Rosa
Fonte: http://escolapresidentecastelobranco.pbworks.com/w/page/56650205/Projeto%20de%20Matem%C3%A1tica 

REFERÊNCIAS
LARA, Isabel Cristina Machado de. Jogando com a matemática na Educação Infantil e séries iniciais. 1.ed. São Paulo: Rêspel, 2005.

SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A matemática na Educação Infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Artmed, Porto Alegre, 2000.

SMOLE, Kátia Cristina Stocco, Cadernos do Mathema- Jogos de matemática 1º a 5º ano, Ed. Artimed, São Paulo, 2007.




 O Blog da professora acima traz dicas e explicações passo a passo de técnicas ( e explicações necessárias e constantes ) para trabalharmos a ADIÇÃO e a SUBTRAÇÃO com os alunos (aprendizagem da Pedagogia, mas que infelizmente pouco se vê professores com essa bagagem interiorizada e estendida em suas práticas diárias.
Recomendo que visitem: http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/search/label/ADI%C3%87%C3%83O%20E%20SUBTRA%C3%87%C3%83O

Retirado do site:

Brincando com a matemática

Brincando com a matemática
números e operações
Desafios matemáticos
Os desafios matemáticos podem ser vistos como um passatempo ou até mesmo uma brincadeira, dependendo de como são colocados para serem resolvidos.
Vamos encarar alguns deles.
Observação: a solução de cada um encontra-se no final.
Desafio 1. Se dois homens constroem juntos 1 muro em apenas 3 dias, quantos dias serão necessários para que 10 homens , trabalhando juntos, construam 5 muros?

Desafio 2. Em uma propriedade rural havia 50 bois e 100 vacas. Num dia de muita chuva, raios e trovões, o rebanho se refugiou embaixo de uma árvore. Houve, então, a “queda” de um raio, que acabou provocando a morte de 15 vacas. Esse fato deixou o fazendeiro muito triste, que no outro dia resolveu fazer a contagem de seu rebanho. Quantos bois restaram na fazenda após esse incidente?
Desafio 3. “Matemágica”. Descubra a idade e o número de pessoas da família de alguém:
Peça que um amigo pegue uma calculadora e siga as instruções que você irá dar.
1.       Multiplique sua idade por 2.
2.       Some 10 ao resultado.
3.       Multiplique por 50.
4.       Some o número de pessoas da família (pai, mãe, irmãos).
5.       Subtraia 500.
Ele diz o resultado final e você diz a idade dele e quantas pessoas têm a sua família. A idade é o número formado pelos algarismos da milhar e da centena. O número de pessoas da família é formado pelos algarismos da dezena e da unidade.

Soluções:
Desafio 1: Acompanhe o raciocínio

homens
muro
dias
2
1
3
10
5
?
Temos 10 homens para construir 5 muros e sabemos que 2 homens gastam 3 dias para construir um muro. Se separarmos os 10 homens em duplas, teremos 5 duplas. Se cada dupla ficar responsável por um muro, teremos a seguinte situação:
Se todas as duplas começarem o trabalho no mesmo momento, cada uma concluirá o seu respectivo muro ao final de 3 dias, pois 2 homens gastam 3 dias para construir um muro, e como as duplas começaram juntas, terminarão juntas. Ou seja, 10 homens levam 3 dias para construir 5 muros.
Desafio 2. Esse desafio foca a atenção na leitura e interpretação dos dados. Observe que na propriedade havia 50 bois e 100 vacas. No dia do incidente morreram 15 vacas. A questão a ser respondida é: ”Quantos bois restaram após o incidente?” Note que nenhum boi morreu. Apenas vacas. Portanto, restaram os 50 bois que haviam inicialmente.
Desafio 3. Esse desafio é uma “brincadeira” para ser feita com colegas ou familiares. É necessário o uso de uma calculadora para realizar os cálculos com rapidez.
Suponha que a idade de seu colega seja 12 anos:
12 x 2 = 24
24 + 10 = 34
34 x 50 = 1700
Suponhamos que a família dele seja composta por 5 pessoas:
1700 + 5 = 1705
1705 – 500 =1205
Através do número 1205 concluímos que sua idade é 12 anos e que em sua família há 05pessoas.

Por Marcelo Rigonatto
Matemático
Equipe Escola Kids

Cálculo do índice de massa corporal (IMC)

Cálculo do índice de massa corporal (IMC)
Balança
Você já deve ter ouvido falar do IMC, o índice de massa corporal. É uma medida que aponta o grau de obesidade de uma pessoa. Conhecendo o IMC, pode-se afirmar se ela está acima ou abaixo do peso ideal. É um índice que leva em consideração a altura e o peso (massa) do indivíduo. Sabemos que a obesidade já é considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde, dessa forma, é importante saber como está o seu grau de obesidade. Mas o IMC também revela se a pessoa está abaixo do peso ideal, outro problema enfrentado pelas pessoas que buscam a qualquer preço ter um corpo magro, principalmente modelos, gerando um quadro de anorexia.
Bem, como foi dito, o IMC é calculado considerando dois parâmetros: peso (massa) e altura da pessoa. Mas você sabe como ele é calculado? Há um modelo matemático (fórmula) que fornece o IMC quando se conhece o peso (em quilogramas) e a altura (em metros) de um indivíduo. Veja:
IMC = (peso) ÷ (altura)2
Observe que o IMC é obtido fazendo o quociente (divisão) entre o peso da pessoa e o quadrado da altura.
Assim, uma pessoa de 1,60 m de altura, com 51 kg de peso, terá um IMC de:
IMC = 51 ÷ (1,60)2 = 51 ÷ 2,56 = 19,5
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade estabeleceu uma tabela que aponta o grau de obesidade de acordo com o IMC.
Abaixo de 18,5 à Você está abaixo do peso ideal
Entre 18,5 e 24,9 à Você está em seu peso normal
Entre 25 e 29,9 à Você está acima de seu peso (sobrepeso)
Entre 30 e 34,9 à Obesidade grau I
Entre 35 e 39,9 à Obesidade grau II
40 e acima à Obesidade grau III
Se considerarmos o exemplo calculado anteriormente, como o IMC = 19,5, podemos afirmar que a pessoa está com o peso saudável.
Por Marcelo Rigonatto
Matemático
Equipe Escola Kids

Criptografia: o uso da matemática no envio de informações

Criptografia: o uso da matemática no envio de informações
Mensagem secreta
A palavra criptografia tem origem grega: kryptós = escondido; gráphein = escrita. Trata-se de uma escrita codificada em que somente o emissor e o receptor da mensagem conseguem interpretá-la. A necessidade de se escrever mensagens sigilosas é muito antiga, ocorre há centenas de anos. Os antigos romanos já usavam a criptografia para enviar planos de batalhas sem o conhecimento inimigo, pois mesmo se a mensagem fosse interceptada, com a codificação existente, apenas os romanos conseguiriam compreendê-la. 

Atualmente a criptografia é bastante utilizada na internet. O grande envio de informações através da rede mundial de computadores exige segurança no que diz respeito ao sigilo dessas informações. Grande parte do avanço da criptografia se deve à matemática, que estuda e traça estratégias para tornar as codificações mais complexas e difíceis de serem interpretadas por pessoas que queiram possuir informações alheias para uso indevido (hackers). Os sistemas de segurança de bancos, lojas e sites utilizam a criptografia para manter sigilosas as informações de clientes e usuários. Nos filmes de ficção sempre há mensagens secretas enviadas por espiões e agentes, todas elas usando a criptografia.
 
A criptografia utilizada por grandes empresas, governos e bancos realiza cálculos complexos para obtenção de um modelo seguro e quase indecifrável. Mas você pode criar um modelo simples e trocar mensagens com seus amigos e colegas sem que outras pessoas consigam decifrá-las. 
 
Vejamos um exemplo simples para codificar uma mensagem:
Associe um símbolo para cada letra do alfabeto, como segue abaixo:
Nesse caso utilizamos números e letras, mas você poderá fazer da forma que achar melhor. Para cada letra do alfabeto estabelecemos um “código” (em vermelho na tabela). Somente você e seus amigos, com os quais trocará as mensagens, poderão saber qual é o código da criptografia.
 
Assim, imagine que desejamos codificar a seguinte mensagem: “O CACHORRO LATIU”.
A mensagem, utilizando a codificação acima, ficaria: 6 z9zt6ll6 q9j75.
Veja que a matemática está presente em praticamente tudo o que nos cerca e grande parte do desenvolvimento tecnológico se deve a essa bela ciência. Utilize essas ideias para aprofundar seus conhecimentos sobre a matemática, você acabará descobrindo um mundo de grandes curiosidades.

Decifre a mensagem a seguir: 9 p9j8p9j7z9 8 x94j9kj7z9
Por Marcelo Rigonatto
Matemático
Equipe Escola Kids

A matemática e o número que você calça


A matemática e o número que você calça
Relação entre o número que você calça e o tamanho de seu pé.

Muitas vezes não entendemos os motivos de se estudar matemática ou quando vamos usar determinada parte do conteúdo e, por isso, nos questionamos: onde a matemática é realmente aplicada?
Inúmeros são os exemplos e situações onde podemos ver o emprego da matemática. Desde o momento em que acordamos até a hora de dormir, estamos sempre fazendo o uso dessa ciência. Quando, ao levantar pela manhã para ir à escola ou fazer qualquer atividade, dizemos “só mais cinco minutinhos”, intuitivamente estamos realizando cálculos matemáticos para averiguar se esses preciosos minutos de sono não ocasionarão um atraso. A tecnologia não estaria tão avançada sem o fantástico auxílio da matemática. Do mais simples ato até a mais sofisticada empregabilidade, a matemática está sempre presente em nosso cotidiano, basta que analisemos as situações que vivenciamos.
Por mais inimaginável que possa parecer, o número que você calça também está relacionado à matemática. Existe uma fórmula que relaciona o número que você calça e o tamanho do seu pé em centímetros.
Vejamos:
Onde,
S: é o número do sapato.
p: é o comprimento do pé em centímetros.
Assim, se seu pé medir 20 cm, o número do seu sapato será:
Por Marcelo Rigonatto
Matemático
Equipe Escola Kids

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Matriz de referência comentada - Programa Brasil Alfabetizado

A matriz de Matemática foi organizada a partir dos conhecimentos matemáticos
considerados fundamentais para dar suporte à compreensão de muitos textos
e situações do dia-a-dia: os Números e as Operações. É claro que há uma
porção de outros conhecimentos matemáticos importantes, como os geométricos,
por exemplo, mas temos que ter como referência a duração relativamente curta do
programa de alfabetização e a possibilidade – que devemos sempre incentivar – de
que os alfabetizandos venham a se integrar no EJA.
Para cada um desses conhecimentos, procuramos destacar as competências
básicas, ou seja, as grandes tarefas que mobilizam esses conhecimentos e que, ao
mesmo tempo, nos fazem adquiri-los e nos apropriar mais e mais deles.
Por causa da importância fundamental de se conhecer os números para diversas
práticas de leitura, e da constatação de que muitos jovens e adultos alfabetizandos ainda
apresentam dificuldades em lidar com eles, esta Matriz destaca cinco competências
relacionadas aos números:
São elas:
realizar contagens (não só porque é importante saber contar no dia-a-dia,
mas também porque os modos de contar, os agrupamentos e a prática com a
contagem ajudam a fortalecer a própria compreensão do número);
reconhecer os algarismos (ou seja, conhecer cada um dos dez símbolos que
usamos para escrever os números: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,e 9. Os algarismos funcionam
como as letras para escrever os números que seriam as palavras);
ler números (trata-se aqui de ler os números naturais, que são os inteiros
positivos, e também da leitura dos números que representam quantias em
dinheiro, escritos com vírgula);
escrever números (não só os números de um só algarismo, que são menores
que 10, mas também números maiores, até a casa do mil);
comparar números (não apenas números naturais, mas também números
que representam quantias em dinheiro).
Embora essas competências pareçam muito elementares e boa parte dos alfabetizandos
já possa tê-las dominado, mesmo antes de ingressar no programa de alfabetização,
insistimos para que você verifique se todos os seus alunos já se apropriaram delas com
segurança e que, ao longo do curso, promova atividades que as revigorem.
Para orientar essa avaliação e também as atividades a serem propostas, as
competências são detalhadas em descritores. Os descritores, como o nome diz,
descrevem cada uma das habilidades que devem compor a competência pretendida.
Como observações, relatos e análises de diversas experiências e pesquisas com
alfabetizandos jovens e adultos têm revelado dificuldades de algumas pessoas, não apenas
com a escrita dos números, mas com o próprio conceito de número, esta matriz propõe
um primeiro descritor para conferir se o alfabetizando é capaz de realizar contagens
de pequenas quantidades; depois, um descritor para verificar se ele é capaz de realizar
contagens de quantidades maiores; e também um outro descritor para detectar
se os alunos conseguem realizar contagens de quantias em dinheiro com cédulas e
moedas. Assim, podemos identificar melhor onde estão as eventuais dificuldades dos
alfabetizandos e podemos atuar de maneira mais direcionada para superá-las.
Na competência de reconhecer os algarismos, destacamos um único descritor:
associar o algarismo a seu nome (e, claro, associar o nome ao algarismo). Não se pode
admitir que uma pessoa passe por um processo de alfabetização e, ao fi nal, não saiba
reconhecer o símbolo que representa “quatro” ou “nove”, por exemplo. Essa é uma
competência elementar, que a grande maioria dos alunos já pode ter conquistado mesmo
antes de entrar no Programa, mas que TODOS devem dominar ao concluí-lo!
No caso das competências de leitura e comparação de números, para cada uma
delas há dois descritores: um voltado para os números naturais, outro voltado para os
números que representam quantias em dinheiro. Isso porque estamos pensando nas
necessidades de leitura do dia-a-dia, muitas delas relativas a preços e pagamentos, em
que aparecem os valores que as pessoas têm de saber ler, interpretar, comparar, para
compreender o que está escrito e tomar decisões.
No caso da competência da escrita dos números, indicamos apenas um descritor,
mas com vários níveis de dificuldades, não só porque o número fica “maior”, mas
também pelo aparecimento do zero em posições intermediárias, como em números
como “duzentos e cinco”, por exemplo, que causam confusão na escrita (muitas vezes,
encontramos pessoas que se confundem, escrevendo: “2005”).
O segundo bloco de conhecimentos escolhido para a composição desta matriz,
o das operações, também foi organizado considerando que o Programa Brasil Alfabetizado
representa somente uma primeira etapa, de duração relativamente pequena, na
vida escolar dos alunos. Optou-se por propor a avaliação de competências relativas
à resolução de problemas envolvendo as quatro operações fundamentais, e não com
a conta aparecendo sozinha. As situações são criadas para diagnosticar se os alunos
compreendem algumas idéias da adição, da subtração, da multiplicação e da divisão, aplicadas
à resolução de problemas cotidianos. Portanto, os descritores dessas competências
não são para avaliar se os alunos dominam habilidades de cálculos mais complicados
e nem mesmo se eles são capazes de executar procedimentos padronizados, os
algoritmos, as “contas em pé”. O que se quer verifi car – e o que se espera que um programa
de alfabetização venha a desenvolver – é a capacidade do alfabetizando de, diante de
uma situação, decidir como operar a partir das informações que lhe são fornecidas.
Os valores a serem usados como dados nos problemas são, pois, pequenos
ou fáceis de calcular, de propósito, para permitir a mobilização de estratégias de
cálculo mental, sem a obrigatoriedade do registro das operações (embora o aluno
possa efetuá-lo por escrito se assim o desejar). É claro que, durante as aulas, os
alunos podem trazer situações da sua vida em que são obrigados a operar com
números muito maiores. Nesse caso, você não precisa evitar discutir com seus
alunos essas situações e pode até mesmo ensiná-los a utilizar a calculadora para
efetuar os cálculos necessários. Esta matriz, porém, focaliza as capacidades essenciais.
Aquelas que não podem deixar de ser contempladas. E, nesse caso, muito
mais importante do que desenvolver a capacidade de fazer contas é desenvolver a
capacidade de decidir que contas devem ser feitas!
Também no caso das operações e dos problemas, mesmo reconhecendo que, do
ponto de vista matemático, os números decimais (números com vírgula) envolvem
idéias mais complicadas do que as dos números naturais, propomos que as situações
envolvendo as operações refiram-se a quantidades inteiras (representadas pelos
números naturais), mas também a pequenas quantias em dinheiro. Isso porque,
como já dissemos, estamos preocupados com as situações práticas e as demandas
de leitura que os alfabetizandos têm de enfrentar na vida cotidiana.